quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

QUARTA, 4 DE DEZEMBRO DE 2013






ESPECIAL

UMA PESQUISA INÉDITA

A Pesquisa de Perfil da Demanda e Nível de Satisfação do Usuário do Litoral Gaúcho foi apresentada no final de novembro pela Secretaria Estadual do Turismo, que realizou o estudo com a Faculdade Estácio (Fargs). Cerca de 3 mil pessoas foram entrevistadas de 2 de janeiro a 28 de fevereiro de 2013 em Torres, Tramandaí, Capão da Canoa e Balneário Pinhal no Litoral Norte e Cassino, Laranjal, São Lourenço e Hermenegildo na Costa Doce, litoral sul do RS, aproveitando a estrutura do programa Verão Numa Boa 2012/2013, organizado pela Setur-RS em apoio aos municípios litorâneos.

Uma das novidades está no tipo de visitante: 51% deles identificaram-se como turistas e 49% como veranistas, ou seja, pessoas que retornam periodicamente ao destino, revertendo uma percepção histórica de um litoral ocupado majoritariamente por pessoas que lá têm residencia ou o hábito de lá alugar imóveis. Isso demonstra que políticas de fomento ao turismo estão surtindo efeito. Nesse sentido, outro dado que chama atenção é a manutenção de um bom índice de estrangeiros: 12% (7% de uruguaios e 5% de argentinos), mesmo com um câmbio bastante desfavorável a estes dois países na comparação com a moeda brasileira. (7,92% dos visitantes vêm de outros estados brasileiros).

Para a secretária da Setur-RS, Abgail Pereira, o estudo é o começo de uma estruturação mais efetiva da atividade turística no litoral, que servirá de base para planejamento destes destinos na busca de de maior competividade. “Até as ressalvas dos turistas reforçam a solução de necessidades nas quais já vínhamos trabalhando junto a outras esferas municipais e estaduais. O próximo passo é trabalharmos no detalhamento junto aos municípios, o que começa já no mês de dezembro”, ressaltou. A realização desta pesquisa dá sequência à política pública da Setur/RS de induzir o desenvolvimento da atividade turística no Estado a partir de demandas estabelecidas pelo próprio conjunto dos agentes do setor no Plano de Marketing do Turismo.

Em termos de metodologia, foram identificadas, em termos quantitativos e qualitativos, as principais características do perfil do visitante, assim como seus principais hábitos ou comportamentos de viagem. Também foi aferido como estes visitantes avaliam a infraestrutura de apoio ao turismo, os seus principais atrativos e a satisfação com os serviços e equipamentos turísticos. A coleta foi realizada por funcionários da Setur-RS nos Centros de Atenção ao Turista (CATs) dos municípios relacionados anteriormente.

DADOS
A época de maior visitação apontada pelos pesquisados é o final de ano, com 54%. Os motivos de viagem são principalmente lazer e férias, com 87%. Os atrativos naturais e culturais (29%) e a indicação de amigos/parentes (24%) foram os fatores mais determinantes para a escolha do destino entre os entrevistados. A qualidade do acesso e distância do domicílio foram determinantes para 22% dos visitantes. Quanto ao tempo de permanência, o intervalo de 4 a 7 dias atinge 31%, de 8 a 11 dias 23%. Chama atenção, também, o alto percentual de visitantes que ficam mais de quinze dias no destino, 18%. Para 50% os gastos com a visitação estão entre R$ 100,00 e R$ 800,00, para 25% entre R$ 800,10 e R$ 1500,00 e para 15% o gasto fica entre R$ 1510,10 e R$ 2000,00.
Outra das revelações da pesquisa está relacionada à idade dos visitantes: 50% têm mais de 37 anos e chama atenção também a preponderância de homens: 56% contra 43% de mulheres (1% preferiu não se identificar). 62% dos entrevistados se declararam casados ou em união estável-namoro. Cerca de 68% habitualmente viajam com a família, 15% com amigos e 9% com o cônjuge ou companheiro-a. Ao serem questionados sobre o grau de instrução, observou-se que Ensino Médio e Ensino Superior Completo respondem por mais de 2/3 das pessoas, com 37% e 30% respectivamente, outros 15% ainda estão em estudos universitários e 9% são pós-graduados. A renda mensal familiar aponta que 32% dos entrevistados percebe entre R$ 2.000,10 e R$ 3.800,00, e 26% entre R$ 3.800,10 e R$ 5.600,00.
“Trabalharemos pontualmente descobertas bastante sensíveis. Por exemplo: 53% dos turistas argentinos que vêm ao litoral gaúcho vivem em Córdoba, então faz mais sentido fazer ações lá, algo que já identificávamos anteriormente, do que em Buenos Aires, que seria a escolha óbvia. Também precisamos atentar para o fato de que 89% se locomovem em automóveis particulares. Por outro lado, 94% afirmaram que voltariam ao destino; 70% estão satisfeitos com a sinalização turística, água e saneamento; 73% aprovam a conservação dos atrativos, acessos e vias. Também esses números servirão de parâmetro para a avaliação de desempenhos futuros”, conclui Abgail Pereira.
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PRINCIPAIS TÓPICOS

Tramandaí 
83% dos entrevistados são veranistas*;
51% são casados;
64% costumam viajar em família;
84% apontam Lazer/ Férias como motivo da viagem;
41% possuem no mínimo um acompanhante com menos de 11 anos;
86% utilizam automóvel particular para chegar a Tramandaí;
36% ficam hospedados em pousadas;
93% voltariam a Tramandaí;
O que mais gostam em Tramandaí: praia, o calçadão, os bares a beira mar e as compras;
O que não gostam no destino: A limpeza da cidade, a segurança, os transportes e os preço dos bares e restaurantes;
O que motivaria o retorno no inverno: Descanso, os eventos e as atividades fora de temporada, a pesca e, principalmente, a Festa Nacional do Peixe.
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Balneário Pinhal 
84% dos entrevistados são veranistas;
57% possuem Ensino Médio Completo;
77% costumam viajar em família;
94% apontam Lazer/ Férias como motivo da viagem;
37% tem 5 acompanhantes na viagem;
80% utilizam automóvel particular para chegar a Balneário Pinhal;
33% ficam hospedados em imóveis próprios;
93% escolheram Balneário Pinhal pela indicação de amigos e família;
98% voltariam a Balneário Pinhal
O que mais gostam em Balneário Pinhal: praia, shows, e atividades do SESC e SESI na beira da praia;
O que não gostam no destino: falta coleta de lixo, limpeza da praia, presença de muitos cachorros na beira da praia, falta de água e energia em alguns momentos, falta de bares na orla e poucos shows e eventos.
O que motivaria o retorno no inverno: possibilidade de descanso, o sossego e a tranquilidade que o destino proporciona.
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Capão da Canoa 
71% dos entrevistados são veranistas*;
50% são casados;
42% possuem Ensino Médio Completo;
66% costumam viajar em família;
90% apontam Lazer/ Férias como motivo da viagem;
90% utilizam automóvel particular para chegar a Capão da Canoa;
93% voltariam a Capão da Canoa;
O que mais gostam em Capão da Canoa: praia, calçadão, caminhar, centro, comércio e “barzinhos”.
O que não gostam no destino: Limpeza da cidade e da praia, alagamentos quando chove, falta de estacionamento, poucas opções noturnas (principalmente após a meia noite) e poucas atividades de entretenimento
O que motivaria o retorno no inverno: Tranquilidade, gastronomia, cuidar do imóvel, preços justos e eventos.


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