quarta-feira, 10 de julho de 2013

QUARTA, 10 DE JULHO DE 2013



O VALOR HISTÓRICO DA SAT

Texto de Mônica Rossi - 
Assessoria de Imprensa SAERGS




A demolição de parte da sede social da SAT - Sociedade de Amigos de Tramandaí - sensibilizou moradores e entidades ligadas ao patrimônio histórico em abril deste ano. O prédio é um importante exemplar da arquitetura modernista no Estado e teria parte de sua estrutura colocada abaixo para construção de um edifício comercial.
Diante do fato, o Sindicato dos Arquitetos do estado do Rio Grande do Sul (SAERGS) e a Oscip Defender protocolaram um documento no Ministério Público da cidade solicitando a análise do caso.  Em 18 de abril, o Ministério Público obteve na justiça uma liminar que proibiu qualquer obra no prédio até que se defina o valor cultural do bem. O MP também solicitou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE-RS) um parecer sobre a importância arquitetônica e histórica da construção.
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O SAERGS teve acesso aos documentos do IPHAE que foram encaminhados ao  Ministério Público. Em ofício, Eduardo Hahn, diretor do IPHAE, afirma ao MP que é “necessário garantir a preservação da edificação, que sem dúvida, representa a identidade cultural regional, assim como do Estado do Rio Grande do Sul”.
O parecer técnico assinado pela Historiadora do IPHAE, Frinéia Zamin, apresenta uma série de informações sobre o movimento modernista no RS e sobre a história da SAT que teve sua sede inaugurada no dia 12 de janeiro de 1957. O documento, elaborado em junho, é finalizado pela historiadora com a afirmação: a sede da SAT é, sem dúvida, um bem cujo valor histórico e de referência coletiva integra o patrimônio cultural do município de Tramandaí.
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Leonardo Chim Lopes, Promotor de Justiça que está com o caso, informou ao SAERGS que a ação do MP visa à elaboração, pelo poder municipal, de um inventário de bens arquitetônicos de relevância histórica ou arquitetônica de Tramandaí. Com esse inventário, será possível identificar quais obras e imóveis precisam de preservação.
O Promotor esclarece que os pareceres emitidos pelo IPHAE estão incluídos no processo, mas é a justiça do município quem vai determinar que laudos técnicos serão necessários para avaliação do caso da SAT e sobre o futuro da obra que segue paralisada.
O SAERGS, que já manifestou sua posição contrária à demolição de parte da sede da SAT, seguirá acompanhando o caso até que se garanta a preservação deste referencial histórico e afetivo de Tramandaí.



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